Um gesto de amor
A gerente de marketing Carlota Prado sabe bem o que é salvar a vida de um animal. Há alguns meses, ela foi a um pet shop e viu um gato muito magro e tristonho em uma gaiola. Soube que ele esperava por adoção há mais de um ano, porém, como já não era um filhote – tinha 2 anos −, ninguém se interessava pelo animal. Sem um dono que lhe desse carinho, sofria de depressão e não se alimentava. “Estava superdoente, tinha perdido dois dentes e o pelo estava caindo. Segundo a veterinária, não viveria mais que um mês”, lembra Carlota. Ela não resistiu e acabou adotando o gatinho. Levou ao veterinário, deu remédios, comida e muito amor. Depois de seis meses, ele já estava totalmente recuperado, miando feliz da vida pela casa. “A sensação de salvar uma vida é muito gratificante”, conta a gerente.
Como adotar
Para quem ficou interessado, é importante destacar que adotar é um processo mais fácil do que se imagina. “Basta ser maior de idade − se for menor, é preciso autorização dos pais ou responsáveis –, adorar animais e ter um grande coração”, conta a veterinária Cintia Tonelli, da ONG “Vira-lata é dez”. Essa e muitas outras ONGs do país têm utilizado a internet para divulgar e facilitar a adoção.
“Nas páginas de anúncios, colocamos as fotos dos bichinhos e o link para que o interessado entre em contato com o responsável pelo animal”, comenta Ana Gabriela de Toledo, fundadora da ONG “Quero um Bicho”, que recebe anúncios de todo o Brasil. “Caso você se interesse por um animal de outro estado, há formas de transportá-lo com segurança até sua casa”, conta Ana. No ato da adoção, é preciso assinar um termo no qual concorda em zelar pela alimentação, saúde e segurança do animal. Segundo Ana, esse documento permite que o doador retome o animal em caso de comprovação de negligência ou maus-tratos.
Cuidados com o novo amigo
— Assim que chegar em casa, coloque uma plaquinha na coleira, informando o apelido do bichano e o seu telefone pessoal. Se por acaso o bichinho se perder, será mais fácil devolver para você.
— Caso seu pet não tenha sido esterilizado, providencie a esterilização o mais rápido possível. “Dessa forma, você evita crias indesejadas e contribui para por um fim no ciclo de abandono de animais”, explica Ana.
— Leve o animal ao veterinário para verificar se a vacinação e a vermifugação estão em dia.
Antes de adotar, lembre-se de que...
... você deve cuidar do animal por toda a vida
Cães e gatos vivem aproximadamente de 10 a 12 anos. Além disso, os doentes ou mais velhinhos necessitam de cuidados especiais. “Esteja certa de que pode assumir essa responsabilidade”, alerta Cintia.
... é preciso ter espaço suficiente
Cães ficam deprimidos e desenvolvem distúrbios de comportamento quando vivem em ambientes muito pequenos.
... toda a família precisa aprovar
Já pensou no clima se um familiar não gostar? Dor de cabeça, com certeza!
... um pet exige despesas
Bichos nos dão amor e alegria, mas também despesas com vacinas, medicamentos, ração de boa qualidade, além de cuidados veterinários.
... eles gostam de passear
Cães precisam de exercício. “Pense se terá tempo e vontade para caminhar pelo menos uma hora diariamente com ele”, lembra a veterinária. Caso contrário, adote um gatinho!
Quer adotar um amigão? Acesse:
www.queroumbicho.com.br
www.viralataedez.com.br
www.adoteumgatinho.com.br
www.pea.org.br